Esse foi com certeza o mergulho mais interessante de todos. Aquele que serve pra contar para os outros e quando conta a pessoa arregala os olhos de espanto.
Fizemos toda uma operação de logística para a sua realização.
Contratamos um barqueiro para ficar de apoio, fomos até o meio da represa e descemos um cabo até o fundo, mas esquecemos de estimar a profundidade. Sabíamos que estava fundo.
Começamos a descer e quando passamos dos 9 metros de profundidade a luz natural se apagou. Tivemos que ligar as lanternas, que o Bruno inicialmente achava que seriam dispensáveis. Eu estava mergulhando com um regulador que o Bruno tinha de um conhecido, para ver se conseguia vender. Resumindo, uma tranqueira velha e encalhada.
Quando chegamos aos 18 metros de profundidade, totalmente na escuridão da represa meu regulador começou a falhar, saia ar, mas estava bem pesado para respirar, prontamente troquei para o octopus que também estava na mesma situação. O Bruno vendo minha situação prontamente deu o sinal para subirmos e subimos. Diminuindo a profundidade o regulador voltava a funcionar normalmente. Permanecemos entorno de 9 metros, colocamos uma carretilha no cabo principal e fizemos um mergulho de ida e volta. Depois subimos.
A temperatura da água estava em 13ºC e a visibilidade em 3 metros.
Na represa não se vê nada, mas se imagina muita coisa.